Dia da Terra: uma reflexão sobre o papel de todos

“Cuidar do mundo em que vivemos significa cuidar de nós mesmos.” (FT, 17)

“Cuidar do mundo em que vivemos significa cuidar de nós mesmos.” (FT, 17)


Reprodução La Oficina de Justicia de Santa Cruz Internacional

O Planeta Terra tem aproximadamente 5 bilhões de anos, e vive atualmente o seu momento de maior aflição e dor. Com florestas vítimas cruéis de desmatamentos e queimadas, animais caçados e extintos pelo homem e poluição desenfreada, a Terra, lar das criaturas de Deus, pede socorro. Hoje, no Dia da Terra, rezamos para que possamos, em comunidade, encontrar meios de fazer cessar essa dor, e para que nosso amor e preocupação por toda a criação e pelas gerações, futuras e presentes, nos transformem em pessoas de ação – não apenas de pensamento.

O Papa Francisco nos convida a participar desta “conversão ecológica” em sua encíclica sobre desigualdade e sustentabilidade (“ecologia integral”), a Laudato Si. Também o Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, preocupado em conscientizar os fiéis sobre a importância de cuidar do meio ambiente, nos relembra que há agora uma possibilidade de fazer mudanças reais:

“Temos, de fato, uma oportunidade única de transformar os gemidos e dores de parto atuais nas dores de parto de uma nova forma de viver juntos, unidos no amor, compaixão e solidariedade, e em uma relação mais harmoniosa com o mundo natural, nosso lar comum”. Na verdade, o COVID-19 deixou claro o quão profundamente estamos todos interconectados e interdependentes. À medida que começamos a imaginar um mundo pós-COVID, precisamos acima de tudo de uma abordagem integral…

A urgência da situação exige respostas imediatas, holísticas e unificadas em todos os níveis – local, regional, nacional e internacional. Precisamos, acima de tudo, ‘um movimento popular’ de baixo, uma aliança de todas as pessoas de boa vontade. Como nos lembra o Papa Francisco: ‘Todos nós podemos cooperar como instrumentos de Deus para o cuidado da criação, cada um de acordo com sua própria cultura, experiência, envolvimentos e talentos’”. (LS, 14)

O PROGRAMA SOAR DAS IRMÃS DA SANTA CRUZ SUPERA O DESAFIO DO LIXO PLÁSTICO

Em Gana, as Irmãs de Santa Cruz usaram sua missão para mobilizar ações e melhorar o ambiente socioambiental no qual estão inseridas. A Irmã Comfort Arthur, CSC notou o aumento de materiais plásticos poluindo ruas e causando graves problemas, como sistemas de drenagem entupidos, inundações e tantos outros que prejudicam diversas famílias. Por isso, criou o SOAR, grupo de Irmãs que organizam e promovem a reciclagem.

“Percebi que outras pessoas também compartilhavam meu sonho, e isso logo se tornou um esforço colaborativo. Entendemos que soluções reais e duradouras devem ser holísticas, levando em consideração a interdependência de todos os seres e da Terra. Tornou-se nossa missão criar um programa em que as pessoas e a Terra fossem enriquecidas”, afirmou a irmã. O programa ainda permite que pessoas da comunidade recolham os materiais plásticos da rua e recebam uma renda proporcional pelo trabalho.

Hoje, o SOAR também educa o público sobre a importância da reciclagem e fatores ambientais, faz parcerias com paróquias e escolas locais e serve como ponto de conexão para a coleta de plástico.

Neste Dia da Terra, deve-se celebrar o cuidado com a criação e com as pessoas, reconhecendo que é preciso trabalhar juntos, em todos os níveis da sociedade, para criar comunidades resilientes e sustentáveis, em que todos possam florescer.

Saiba mais em: http://www.holycrossjustice.org/resources/HCIJO%20Document%20Library/2021EarthDay/EarthDay2021_PORT.pdf

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