Este mês, o Brasil celebra o “Agosto Lilás”, mês dedicado à prevenção e ao combate à violência doméstica contra a mulher. A ação tem como principal objetivo conscientizar a população geral pelo fim das agressões físicas, psicológicas e sexuais contra as mulheres, e sua instituição em agosto faz referência ao aniversário da Lei Maria da Penha, criada em agosto de 2006. Além disso, a campanha busca também difundir informações e incentivar denúncias.
A violência doméstica contra a mulher se caracteriza por todo e qualquer ato que resulte em dano físico, psicológico, sexual e até patrimonial que tenha como motivação principal o gênero. Estes atos são cometidos, majoritariamente, pelos cônjuges em ambiente doméstico e buscam minar e restringir direitos básicos, como à saúde, à liberdade, ao livre arbítrio e, em casos extremos, até à vida.
Hoje, infelizmente, o Brasil é um dos líderes mundiais nesse tipo de violência. De acordo com os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) de 2021, o país ocupa a 5ª posição no ranking de violência contra a mulher, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. Nos casos de femininicídio, os dados são ainda mais alarmantes: o Fórum Brasileiro de Segurança Pública indica que, em 2021, uma mulher foi assassinada no país a cada sete horas, e houve um caso de estupro contra menina ou mulher a cada 10 minutos no mesmo período.
Porém, é preciso destacar que nem todos os tipos de violência contra a mulher deixam marcas em sua pele. A violência psicológica, como xingamentos constantes, humilhação, manipulação e a opressão, também assolam as mulheres em todo o país e causam sérios danos à sua vida, levando-as a um estado de depressão profunda.
Para o combate à violência contra a mulher, o Brasil possui o Ligue 180, um serviço de utilidade pública que recebe denúncias e as encaminha aos órgãos competentes para acompanhamento dos casos. Além disso, o serviço tem atribuição de orientação a mulheres em situação de violência, direcionando-as para serviços especializados da rede de atendimento.
Não se cale! Denuncie. Ligue 180 e faça a diferença nessa luta.