O Dia da Família na Escola: a parceria em prol da educação

Em comemoração ao Dia da Família na Escola, entrevistamos a coordenadora geral educacional da CSC, Prof. Dra. Márcia Regina Savioli. Confira o seu relato!

Em comemoração ao Dia da Família na Escola, entrevistamos a coordenadora geral educacional da CSC, Prof. Dra. Márcia Regina Savioli. Confira o seu relato!


Coordenadora Geral Educacional da CSC, Prof. Dra. Márcia Regina Savioli

Comemoramos hoje, 24 de abril, o Dia da Família na Escola, data criada para conscientização de pais e educadores sobre a importância da participação familiar na vida de crianças em idade escolar. Essa parceria é um tema muito importante, tratado constantemente em escolas de todo o país que buscam fortalecer laços e demonstrar, por meio do desenvolvimento dos alunos, os benefícios da aliança em prol da educação.

Conversamos sobre o tema com a Coordenadora Geral Educacional da CSC, Márcia Regina Savioli, que defendeu a participação ativa dos pais na escola para gerar um desenvolvimento saudável para as crianças, explicou sobre os benefícios dos laços criados entre família e escola e exaltou o posicionamento das instituições de ensino mantidas pela Congregação de Santa Cruz quanto ao tema.

Confira abaixo a entrevista completa!

Qual a importância da participação ativa da família na educação dos filhos?

A importância da parceria família- escola é tema há muito tratado no âmbito da discussão sobre o desenvolvimento humano, sendo consensual a posição de conceder importância a ambas as instituições educadoras no processo. A cada momento histórico, essa parceria pode adquirir contornos específicos, como se observa, atualmente, diante do quadro sombrio trazido pela pandemia, que tem imposto, às crianças e jovens, forte distanciamento do ambiente escolar. Em nenhum momento, esse distanciamento desobrigou a escola de seus objetivos e responsabilidades, mas trouxe, às famílias, novas demandas e exigências de acompanhamento escolar, especialmente em relação aos pequenos, o que delineou novos contornos à reflexão sobre essa parceria.

De qualquer modo, devemos considerar que a família é a primeira agência social educadora, por meio da qual a criança vive as primeiras experiências que a diferenciam do “outro” e do “mundo”. Na escola, essa condição de sujeito de seu processo de desenvolvimento acentua-se, oferecendo a oportunidade de aprender e exercer papeis sociais, assim contribuindo para a constituição do caráter humano. 

Escola e família têm papeis diferentes, mas complementares. Por exemplo: cabe à escola prover à criança o domínio da leitura e da escrita da língua materna. Esse processo será amplamente favorecido, se a família, por seu lado, prover um ambiente estimulador dessas práticas. Da mesma forma, valores e princípios presentes na vida familiar serão fortalecidos se, na escola, forem igualmente valorizados. 

Assim, escola e família são co- partícipes no processo formativo do cidadão ético e responsável. 

Como os colégios da Mantenedora enxergam a participação dos pais na vida escolar de seus filhos?

Os Colégios mantidos pela Congregação de Santa Cruz contam e valorizam a parceria com as famílias para o pleno desenvolvimento do processo educacional dos alunos, de modo a efetivar o cumprimento da sua Missão, que tem a educação em sua essência, conforme ensinou Beato Basílio Moreau, nosso fundador. Se a educação de Santa Cruz se propõe a ser um processo de formação integral, que alcance “corações e mentes”, família e escola necessitam atuar juntas e alinhadas em prol de objetivos comuns. 

Quais as diferenças no desenvolvimento escolar de uma criança que tem os pais ativos em sua educação e de uma que não tem?

Escolas que carregam uma proposta filosófica- pedagógica consistente e pais ativos são elementos que convergem para a construção da identidade pessoal e social dos alunos. Os educandos são, a um só tempo, filhos e alunos e seu crescimento como pessoas e partícipes de uma sociedade depende de uma percepção de convergência e coerência entre as ideias e concepções a que estão expostos no ambiente escolar e no ambiente familiar. As crianças que não percebem essa convergência tendem a não compreender seu papel, a desconhecer limites e a atuarem diversamente em cada situação, gerando inconsistências em sua identidade e, até mesmo, podendo contribuir para o aparecimento de traços de personalidade desviantes.

Qual o principal motivo da ausência dos pais na educação das crianças?

Muitos são os motivos possíveis. Em geral, as exigências impostas pelo mundo do trabalho são as justificativas mais frequentes para ausência dos pais na educação de seus filhos.  Há também aqueles que entendem que que a educação é dever exclusivo da escola, cabendo à família a provisão de condições materiais de vida.  Algumas famílias, ainda, por não terem vivenciado experiências educativas significativas, têm dificuldades de compreender a importância da escola no processo de desenvolvimento de seus filhos.

É importante destacar que, nos Colégios mantidos pela Congregação de Santa Cruz, essas questões são raríssimas exceções, pois, de um modo muitíssimo generalizado, contamos com a parceria estreita de nossas famílias, condição imprescindível para o cumprimento da Missão educativa que abraçamos. 

Uma mensagem geral para a data:

Família e Escola, caminhando juntos e na mesma direção, seremos mais fortes! Sigamos, movidos pela esperança de melhores dias, em busca de nosso bem maior: a educação propulsora de um futuro digno e justo!

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